Lucas não teve infância, nem tempo de brincar nem direito a ser criança. Sua casa foi qualquer viaduto. Brilhavam em seus olhos as luzes dos semáforos, luzes que a todo instante pareciam lhes dizer: ‘aquela sua esperança, preste atenção, está chegando ao fim!’ Lucas morreu de fome na rua Viagem ao Céu. E quem se importa!? Ele é só mais um negro de uma Áfricabrasil.
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