Se o que me resta é seguir solitário,
cruzar o calvário, então deixe estar.
Destino incerto, estrada vazia.
O amor pode me abraçar em
qualquer encruzilhada.
Mas me arrebata estranho pensamento
de se algum dia irei repousar,
meu corpo aflito, minha dor, o meu grito.
Então, com quem devo contar?
Meu coração não quer descansar.
A minha alma é estranho deserto.
E de peito aberto procuro encontrar,
quem compreenda que o sentido da vida
resume-se ao verbo amar.
Quero alguém que me estenda a mão.
Alguém que me ajude atravessar o caminho
de pedras e espinhos.
Senão, o que me restará?
Um coração de infindos caminhos
que me levam a um só lugar.
Ao fim do caminho.
Imagem de _Marion por Pixabay
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