Na minha infância havia Silvana. Não era santa, nem era a outra. Mas era menos ingênua do que eu. À noite ela chegava e brincávamos de esconde-esconde. Longe dos olhares adultos, entrávamos no primeiro beco disponível. Sob o luar prateado ela me ensinou beijos molhados. Não fui bom aluno, era baixinho, mal conseguia tocar os lábios dela. Mas todo aprendizado é prazeroso. Eu tive o meu.
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