na contramão estivemos nós
porém nunca estivemos sós
na garganta preso a nós
a nossa voz
um grito rouco contra o
louco feroz
–– estamos sem proteção ––
pensamos nós
a sós
a sombra de um passado atroz
bateu à porta de alguns de nós
mas o destino quis um dia após
de revelar-se o verdadeiro algoz
e que à rua fossemos nós
desatarmo-nos de outros nós
nós milhões de sóis
nada se perde se fizer valer
o fim das trevas sob o amanhecer
e a verdade, enfim, prevalecer
a hora é agora
tem que acontecer
o mal vai se esvair
vai sair vai cair
vai fugir vai sumir
vai Jair longe
muito longe
fora daqui
Imagem de Peter H por Pixabay
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Acho fantástico a forma como brinca com as palavras, fazendo com que nos percamos em uma linha para nos encontrarmos na outra.