E a vida… ah, a vida!
Chama frágil que tremula esgueirando-se de um sopro mais forte
Vela de pavio umedecido de sonhos
Dor lancinante de esperança
Quantos não se perderam tentando compreender-te
Quantos não se perderam tentando explicar-te
O sentido da vida não se oculta no infinito
Não habita o mundo das ideias intocáveis
Ideias intocáveis não existem
Existem ideias urgentes e necessárias
A vida é um fino véu bem diante dos nossos olhos
Quer esvoaçar-se, quer descortinar-se
Quer que sejamos surpreendidos por ela
Quer que desfrutemos de cada eterno instante
Vês, eu também me perdera tentando entendê-la
Pois ninguém é uma ilha inalcançável
Cedo ou tarde a vida nos convida a vivê-la
E cá estou agradecido e deslumbrado por simplesmente existir
Por Nelson Almeida
Natal, 24 de agosto de 2019
16h28min
Simply outstanding!
The author has a great sensibility.
Thanks for the comment.