Caminhando

Sente-se à mesa.
pegue uma caneta,
pegue um papel,
rabisque.
Deixe fluir pensamentos,
deixe fluir emoções.
Lembre-se de um dia na infância.
Feche os olhos,
coloque a caneta sobre o papel,
transcreva aquele dia.
Desenhe,
escreva,
rabisque.
Abra seus olhos.
Veja o rabisco.
Sua lembrança não se resume a um,
mas a vários rabiscos,
a várias palavras,
várias figuras.
Desconexas,
talvez.
Ainda assim,
várias.
Como os rabiscos,
nunca estivemos sozinhos.
Podemos até não reconhecer quem nos acompanha,
mas invariavelmente eles estão lá.
Família,
amigos,
desconhecidos.
Há sempre alguém,
que estendeu as mãos,
que ofereceu abrigo,
um doce,
um carinho.
Nossos caminhos são cheios,
repletos de significados,
perdidos algumas vezes.
Revisitem seus caminhos,
e entendam o que os trouxe aqui.
Caminhamos,
inexoravelmente,
para um mesmo destino,
mas precisamos reconhecer isso.

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