Jorge e o Dragão

O Jorge trajava armadura e usava armas, na forma de comportamento e palavras afiadas. Não permitia que dissessem como deveria se comportar e gostava dos desafios diários.

Em seu ofício era objetivo. Prático. Se importava com seus aprendizes, pois via neles potencial oculto, e os forçava aos limites. Isso fazia muitos pensarem que sua armadura era a intransigência.

“Perco o amigo, mas não a piada”, uma de suas armas, era com certeza a língua afiada, o que fazia pessas se afastarem, mas era um como qualquer, que ainda especial, buscava a felicidade com ferrenha vontade.

Trabalhava incansavelmente por um bem maior, e quantos dragões o vi combater, e quantos tesouros não compartilhou com aqueles que precisavam – e não falo aqui dos tesouros materiais, embora também soubesse ser generoso.

Mas nem todos os dragões podem ser vencidos, e sem se entregar, mortalmente ferido, nos deixou. Partiu. Descansou de uma luta injusta.

Fiquei lhe devendo um adeus. Fiquei lhe devendo o capítulo de um livro. Fiquei lhe devendo uma homenagem, mas ainda em vida lhe disse tudo que queria. E o chamei de irmão.

Salve, incrível Jorge!

Salve, salve, salve Jorge!

Imagem em destaque de Jo-B por Pixabay 

4 comentários

  1. Que linda homenagem 🥰
    Resumiu perfeitamente nosso amigo/irmão.
    Salve, Jorge guerreiro!!💪🏾✊🏾

    1. Muito obrigado, minha irmã.
      Ele partiu, mas sua lembrança permanecerá para sempre em nossos corações – ou como ele falava – ou pelo menos até o alemão nos pegar.
      Tomara que não nos pegue.

  2. Que maravilha de texto. Falou exatamente sobre quem era o Jorge. Eu gostava de conversar com aquele homem, gostava de ouvi-lo. Muito amigo, muito parceiro.

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