SENTIR A VIDA

Como poeta prossigo
Na incompreensão alheia
E minha vida incendeia
Se em meus versos desdigo

Desejo de uma vida Santa
Vontade que não me atiça
Pois o amor me enfeitiça
Quando, glorificado, canta

Haverá quem argumente
Que meu poema é tacanho
Pois usar de mal tamanho
É me querer amargamente

Esperarão bravamente
Que minha vida se esvaia
E sairão de gandaia
A sorrir ferozmente

Antes de partir sentirei
A vida e toda sua glória
E serão minha vitória
As sementes que plantei

Nas matas o ar me renova
Nos rios o som me acalma 
No céu a cor da minh'alma
Sob o chão, vida nova

Poema por Nelson Almeida, Natal/RN, 14 de novembro de 2022.

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