Velhos e péssimos hábitos

Como pessoas, nós podemos evoluir ou involuir. Para mim, isso depende do ambiente que frequentamos, mas também de nossa sensibilidade para ver que alguns hábitos não são bons, que são capazes de nos destruir por dentro e destruir por fora tudo que nos cerca.

Quando decidimos mudar, evoluir, e não pensem que estou dizendo que esta é uma daquelas escolhas que você faz quando se levanta de manhã, se olha no espelho, e diz:

a partir de hoje serei uma pessoa diferente.

Isso leva tempo. Pois é necessário tempo para desvencilhar-se das amarras, dos maus hábitos, dos preconceitos. De tudo aquilo que nos impregnava e por muito tempo ainda nos impregna.

Outro dia, muito recentemente, larguei uma pérola preconceituosa, me dei conta segundos depois e fui tomado por uma vergonha sem tamanho. Uma única palavra, falada durante uma conversa, sem a menor necessidade, que teve o impacto de uma pedra em um vidro frágil.

Então me dei conta de como é difícil manter-se afastado dos péssimos hábitos. Do quão impregnados ainda estamos com preconceitos, do quão difícil é manter-se vigilante para que não escorreguemos e voltemos à prática desses velhos e terríveis hábitos.

Somos, invariavelmente, nossos maiores inimigos. Lutamos contra nós mesmos a todo tempo. Se cedermos aos nossos impulsos, provavelmente nos tornaremos tão animalescos quanto qualquer outra criatura selvagem e correremos para o precipício, nos atirando sem medo.

Se lutamos contra esses impulsos que nos bestificam, precisamos ser fortes e ter, pelo menos, um objetivo. Pois como ouço bastante:

A motivação é pessoal.

Uma das minhas motivações pessoais é ser melhor, evoluir, poder ser reflexo do que é bom, do que é certo, mas não é uma luta fácil. Assemelha-se possivelmente ao esforço feito pelo viciado que ser livrar-se do vício.

É o contar dos dias sem a droga, dos dias sem acidentes, dos dias que não cedemos a esse lado perverso da Força.

Precisamos abandonar os velhos e péssimos hábitos. Por nós, pelas pessoas que amamos e que nos cercam. Para que sejamos capazes de mais empatia. Para que sejamos capazes de criar uma sociedade melhor, livre de tudo que nos bestializa. De tudo que nos afasta do sentido mais belo de ser humano.

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