Dia 11

As vezes eu paro diante da tela do computador e penso em digitar tudo aquilo que eu não consegui falar, tudo aquilo que eu não consegui expressar.

Depois que começou o isolamento, saí poucas vezes de casa, e somente devido à necessidades. Enquanto isso, acompanho o que vai acontecendo pelas redes sociais e pela TV e estou me sentindo muito doente.

Primeiro foi a dificuldade em respirar. Principalmente a noite. Fiquei preocupado, mas logo ouvi as palavras de um especialista. Aparentemente o meu problema não é o Coronavírus, mas ansiedade. Uma ansiedade da qual me imaginava imune.

Não sou!

Vivemos em um país onde a ciência é negada pelo representante máximo da nação. Nosso congresso está repleto de pessoas que não querem, em absoluto, garantir bem estar para seus concidadãos, que os elegeram para fazê-lo. O palácio das leis está repleto de pessoas que se acham acima da humanidade, consideram-se deuses.

Somos assolados por uma desesperança sem tamanho. O peso do sofrimento de nossos irmãos recai sobre nossos ombros, quando vemos o que vem adiante. Não se fala em esperança. Só se fala em caos.

Os noticiários e as redes sociais são e estão inundadas com notícias de terror. A desinformação e os golpes abundam. O sofrimento alheio alimenta uma pequena parcela da população, que lucra e lucra muito com todo o caos.

Depois da crise, os ricos continuarão ricos, mas os pobres ficarão mais pobres, e que trabalho o povo terá que fazer para limpar a merda que vem de cima, principalmente daquele que deveria gerir a nação, mas que ao invés disso, prefere ficar em seu mundo imaginário.

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