Fecho os olhos para ouvir o coração e deixar que os sentimentos sejam traduzidos em palavras.
Ele chora, pois ainda se sente triste pela partida do mestre.
Faz um ano que não recebe suas mensagens, convidando-o para um projeto ou simplesmente indicando um bom livro, seja técnico ou de poesia.
Um ano atrás, partia o mestre para outro plano, ou assim acredito. Crença essa, que me revelou em nosso último encontro, deve fazer parte do ser humano, nem que seja nas forças magnéticas.
O último livro que me indicou ainda precisa ser terminado. Fala sobre o país cujos habitantes se consideram os mais felizes do mundo.
Felicidade. Felicidade traduz muita coisa.
Traduz a enorme família que formamos. Os laços de amizade fortes e duradouros. Traduz também a curiosidade inspirada, o desejo de fazer o bem, sempre.
Felicidade também traduzida no esforçar-se, no dar mais do que receber, do contribuir para a formação de uma sociedade melhor, mais justa e sem barreiras.
Felicidade traduzida no desejo pela busca do novo, da inovação, da apreciação da prosa e da poesia, da boa conversa regada a uma cerveja ou vinho.
Sorri então o coração. De alegria. Por toda a felicidade que lhe inundou nesse tempo precioso de convívio.
Para sempre permaneçam vivos os seus ensinamentos. Que eles vivam em nós, que sejamos também condutores e reprodutores deles, para que mais pessoas possam saber como é ser feliz.
Permaneça vivo o seu exemplo.
Zé Yvan vive!