Os olhos precisam brilhar

Hoje o dia foi corrido. Estou fazendo uma disciplina chamada Estágio Docência II e tenho que acompanhar uma professora em sala de aula e contribuir com aulas, etc.

Logo em seguida fui participar de um evento chamado John Deere Day na UFG (Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão). A John Deere é uma empresa que fabrica equipamentos agrícolas, florestais, equipamentos pesados para construção civil, dentre outros, e é um daqueles excelentes momentos de integração entre empresa e a universidade.

Muitas pessoas palestraram no evento, especialmente mulheres, tudo a ver, já que o tema do evento estava relacionado com a mulher na engenharia, com uma pegada de inclusão muito interessante. Fui envolvido pela temática e pelas discussões que aconteceram no evento.

Claro que eu tinha que prestigiar o evento, pois os grandes amigos Luis e Ramon, estavam apresentando um projeto muito interessante e concorriam a um prêmio…

Bem, mas a última atividade do evento, antes da entrega das premiações, foi uma mesa redonda na qual alguns profissionais da empresa e da UFG falavam sobre Early Career. Gente, eu nunca tive isso na minha época de graduação.

Os discursos foram muito incisivos sobre o que as empresas procuram em alguém começando a carreira: brilho nos olhos e vontade de aprender. Claro que isso não é o que todas as empresas querem. Algumas só querem alguém que faça tudo recebendo quase nada, mas delas eu falo em outro momento.

E vendo isso, que as empresas querem brilho nos olhos, eu fico muito triste em ver os discursos de estudantes concluindo a faculdade, principalmente alguns com os quais tenho conversado ultimamente.

Não há brilho nos olhos. Você os fita com atenção, esperando ver alguma coisa, mas não vê nada. Os caras nem começaram as suas carreiras e já dizem que estão exaustos.

Gente! Quando estamos terminando o curso é aquele momento que os olhos tem que estar mais brilhantes, que eles tem que estar pingando sangue. A vontade tem que ser a maior de todas para você enfrentar um mundo completamente novo, principalmente se você não teve experiência nenhuma durante a graduação.

É nesse hora que você tem que dizer “ei mundo, estou chegando com os dois pés nos seus peitos“, “estou indo pra luta“, “ninguém me segura“, “vou errar, vou aprender e vou vencer“, “vou cair, mas vou me levantar quantas vezes for necessário“. E isso não são palavras de coaching, eu ainda não sei qual a função deles no mundo.

Estamos bem no meio de uma mudança gigantesca na sociedade, não só da brasileira, mas mundial. Se nos entregarmos a apatia, não encontrarmos motivos para manter os olhos brilhando, nosso destino não será muito diferente dos coadjuvantes em filme de zumbis.

Brilho no olho! Brilho no olho! Sempre!

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