O valor da amizade

Eu nunca havia imaginado sair de Currais Novos/RN, até sair de lá, devido a um problema de saúde no ano de 1988, indo morar na cidade de Parnamirim/RN, hoje parte da Grande Natal.

Eu nunca havia imaginado sair de Parnamirim/RN, até sair de lá, para trabalhar em 2013, indo morar em Macapá/AP.

Engraçado ouvir as pessoas falarem “mas você mora longe heim?“. Engraçado porque para elas é difícil imaginar que a distância é a mesma, não importa de indo ou vindo.

Quando cheguei à Macapá/AP, não considerei mais me mudar, até que veio mais uma mudança, e eis-me aqui em Catalão/GO.

As mudanças podem ser traumáticas. Normalmente elas são. Por um lado, você deixa para trás a família, os parentes, os amigos com quem conviveu por tanto tempo, e com quem desenvolveu laços duradouros. Por outro lado, terá que se entregar a novas amizades e desenvolver novas histórias, mas sempre com aquela ideia na cabeça, que os seus amigos de antes você tinha a bem mais tempo, e era bem mais fácil falar com eles.

Quando você chega, você tenta se enturmar. As pessoas nem sempre são receptivas e você acaba correndo o sério risco de se isolar, para mais tarde ser visto como o mais novo antipático da cidade, uma vez que o isolamento vai valer para todos.

Mas as vezes você dá sorte. Na verdade eu acho que sou muito abençoado. Nessas minhas poucas mudanças fui acolhido muito rapidamente, criando vínculos sólidos e profundos, o que torna a mudança ainda mais fácil.

Amizade é algo precioso. É turmalina-paraíba, é rainha das gemas, é bem precioso e impossível de mensurar valor.

Amizade é calor, é alento, são sorrisos e demonstrações de afeto gratuitos e genuínos. Suaviza problemas, faz diminuir as dores, reduz o fardo de cruzes. É luz na escuridão, a mão que salva quem se afoga. As vezes é água para o sedendo, e alimento para o faminto.

Feliz aquele que tem amigos, que compartilham um café ou chá quentinho, um copo de água gelado, um doce ou um salgado. Do mais simples ao requintado.

Feliz aquele que tem amigos, que não se vendem por 30 moedas de prata, nem por ouro nenhum nesse mundo.

Mais vale um amigo na praça, do que dinheiro na caixa“, há quem diga e eu não duvido.

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