Ocorre que há dias que você não quer escrever sobre nada específico, é somente o prazer de digitar algumas letras e ver palavras e frases tomando forma bem na sua frente.
É como em um quadro em branco, onde as letras são a tinta e a forma como pincela, dão forma e vida a alguma coisa, embora, algumas vezes só nos damos conta do que seja, quando estamos perto de finalizar a obra… ou as vezes depois, como lembro bem de alguns poucos quadros que pintei em minha vida.
Foram bem poucos, preciso reforçar, e alguns deles nada mais eram do que pinceladas erráticas, cujas formas e padrões eu só conseguia enxergar depois, como uma face em um ladrilho, que só percebemos depois de horas observando-o em um momento de tédio completo.
Mas não creio que vá perder horas a fio, lendo e relendo esse texto, como disse anteriormente, nascido da pura vontade de escrever, em busca de um significado, afinal, como tenho aprendido nos últimos tempos, significado é uma coisa que cada um dá a alguma coisa segundo a suas próprias experiências.
Já vi pretensos cristãos justificarem barbáries pelo que leram na bíblia, enquanto outros, enxergam apenas as mensagens de amor ali contidas.
Olhamos para as paredes à nossa frente e vemos o que queremos ver, e da mesma forma com um texto. O que pode ser profético para uns, não terá significado nenhum para outros.
E assim seguimos. Hora de tomar um café, seja dia, tarde ou noite, mas o bom de ser a noite, é que podemos tomá-lo à luz do candeeiro.